Nossa, Ricardo, você fez uma relação muito feliz! Eu sou acumuladora de livros, apesar de fazer trocas com amigos e empréstimos na biblioteca. E também assino um monte de news, e muitas vezes, perco várias edições pq elas se acumulam.
No meu íntimo, eu sigo com um sentimento de urgência. Como se precisasse ler tudo o que há de bom pra ler. Medo de morrer e não ter biblioteca no além 😅😅😅
O sentimento de urgência não tem aparecido, Raisa, só não quer dizer que nunca mais apareça. Bom, vou te contar uma história. Acho que adquiri certa paz de espírito em 1990, na primeira viagem à Europa que tive o privilégio de fazer, indo visitar meu pai que na época morava em Genebra. Pois bem, tenho uma característica: sou chocólatra. E passei uns vinte dias na Suíça, imagine! Só que, para minha surpresa, comi muito pouco chocolate. E não por qualquer tipo de restrição. Simplesmente comi quando me deu vontade e isso não acontecia toda hora. Era como se eu tivesse a possibilidade de comer o quanto e quando quisesse pelo resto da minha vida, apesar de saber que logo logo eu iria embora e aqueles maravilhosos chocolates ficariam fora do meu alcance -- no Brasil era muito caro comer chocolates suíços naquela época. Enfim, aquela experiência me deu esse tipo de tranquilidade. Não que essa tranquilidade se dê em todas as áreas da minha vida, longe disso. Mas em relação a chocolates, livros não lidos e newsletters por ler, me sinto quase como um monge budista, hehehe!
criei o hábito de evitar livrarias (mesmo sites) para não comprar mais do que sou capaz de ler. mantenho uma pilha com cinco ou seis exemplares que em algum momento serão lidos. só então me permito comprar novos (abro exceções para lançamentos de conhecidos). uma vez lidos, vão para o espaço da estante que reservei para eles, que é limitado. em caso de superlotação, preciso fazer escolhas: para um entrar, algum outro precisa sair. recentemente, fiz um processo parecido com as newsletters. acho que agora sigo uma quantidade saudável delas, que consigo ler com a frequência com que são publicadas (considerando aí uma margem de dois ou três dias de “atraso”).
Bom, exceto por seguir frequentando livrarias -- que quando têm cafés dão ainda mais vontade de ficar nelas -- só que sem sofrimento, pois quem define se comprarei algo na visita é o saldo bancário e não a minha vontade, até que não estamos em lugares muito distantes. De vez em quando corto uma ou outra newsletter, especialmente aquelas que entraram na carona de outras, mas elas seguem em quantidade maior do que dou conta de ler. A questão é que não sofro por isso, estou em paz com o fato de não lê-las todas.
Eu tentei devolver pelo Correio um livro que peguei emprestado e a pessoa que recebeu informou que o destinatário "mudou-se", sendo que continua residindo no mesmo endereço. O livro voltou.
E você tem alguma hipótese para o ocorrido? Porque dito assim, sem maiores detalhes, pra quem não conhece os envolvidos e o contexto em que o empréstimo se deu, até o livro em questão pode ser o cerne da questão, não é?
Nossa, Ricardo, você fez uma relação muito feliz! Eu sou acumuladora de livros, apesar de fazer trocas com amigos e empréstimos na biblioteca. E também assino um monte de news, e muitas vezes, perco várias edições pq elas se acumulam.
No meu íntimo, eu sigo com um sentimento de urgência. Como se precisasse ler tudo o que há de bom pra ler. Medo de morrer e não ter biblioteca no além 😅😅😅
O sentimento de urgência não tem aparecido, Raisa, só não quer dizer que nunca mais apareça. Bom, vou te contar uma história. Acho que adquiri certa paz de espírito em 1990, na primeira viagem à Europa que tive o privilégio de fazer, indo visitar meu pai que na época morava em Genebra. Pois bem, tenho uma característica: sou chocólatra. E passei uns vinte dias na Suíça, imagine! Só que, para minha surpresa, comi muito pouco chocolate. E não por qualquer tipo de restrição. Simplesmente comi quando me deu vontade e isso não acontecia toda hora. Era como se eu tivesse a possibilidade de comer o quanto e quando quisesse pelo resto da minha vida, apesar de saber que logo logo eu iria embora e aqueles maravilhosos chocolates ficariam fora do meu alcance -- no Brasil era muito caro comer chocolates suíços naquela época. Enfim, aquela experiência me deu esse tipo de tranquilidade. Não que essa tranquilidade se dê em todas as áreas da minha vida, longe disso. Mas em relação a chocolates, livros não lidos e newsletters por ler, me sinto quase como um monge budista, hehehe!
Adorei a história! Espero conseguir um dia atingir esse estágio búdico 🥹
criei o hábito de evitar livrarias (mesmo sites) para não comprar mais do que sou capaz de ler. mantenho uma pilha com cinco ou seis exemplares que em algum momento serão lidos. só então me permito comprar novos (abro exceções para lançamentos de conhecidos). uma vez lidos, vão para o espaço da estante que reservei para eles, que é limitado. em caso de superlotação, preciso fazer escolhas: para um entrar, algum outro precisa sair. recentemente, fiz um processo parecido com as newsletters. acho que agora sigo uma quantidade saudável delas, que consigo ler com a frequência com que são publicadas (considerando aí uma margem de dois ou três dias de “atraso”).
Bom, exceto por seguir frequentando livrarias -- que quando têm cafés dão ainda mais vontade de ficar nelas -- só que sem sofrimento, pois quem define se comprarei algo na visita é o saldo bancário e não a minha vontade, até que não estamos em lugares muito distantes. De vez em quando corto uma ou outra newsletter, especialmente aquelas que entraram na carona de outras, mas elas seguem em quantidade maior do que dou conta de ler. A questão é que não sofro por isso, estou em paz com o fato de não lê-las todas.
Eu tentei devolver pelo Correio um livro que peguei emprestado e a pessoa que recebeu informou que o destinatário "mudou-se", sendo que continua residindo no mesmo endereço. O livro voltou.
E você tem alguma hipótese para o ocorrido? Porque dito assim, sem maiores detalhes, pra quem não conhece os envolvidos e o contexto em que o empréstimo se deu, até o livro em questão pode ser o cerne da questão, não é?
Boa pergunta...